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aula 20 – Violência e Educação
Profª Flávia
Violência
tem como característica quebrar os discursos.
A
professora Flávia cita muitas vezes uma frase de José Saramago, do livro
“Ensaio sobre a cegueira”: “Se puderes olhar, vê, e se puderes ver, repara”. É difícil
falar sobre violência, então, olhe e veja, depois repara nos dois sentidos:
cuidar e hora.
-A
violência instaura perplexidade, temos a sensação de que ela tomou conta do
mundo.
-A
professora destaca que é muito difícil colocar em palavras o que acontece. Ao
escrever sobre ela, é necessário que se saiba qual a dimensão exata da palavra,
pois ao produzir um relatório é comum confundir os termos.
-Violência
não é fatalidade, temos que ter esse olhar, devemos falar sobre violência, e
ser bastante prático ao produzir um relatório.
-Qual
a precaução que a escola deve tomar o que pode ou não pode fazer?
-Sozinho
é mais difícil, é mais fácil tomar decisões com parcerias, tomando cuidado para
não sobrecarregar a escola, resolver problemas maiores do que ela.
-É
necessário diagnosticar violência para saber agir e saber o que fazer.
-É
necessário saber fazer a queixa, pois existem situações muito diversas, muito
distintas que estão na mesma palavra: agressões, brigas, desrespeito,
incivilidade, brigas, roubos.
-Há
múltiplas formas de violência, mas uma ocorre com bastante freqüência:
violências do entorno da escola que entram na escola (gangues).
-O
que fazer? A melhor maneira é o diálogo, é necessário que se conheçam as partes
(vizinhança, comércio, ruas) e planejem projetos que visem uma melhor conexão
com esse entorno.
-Violência
das famílias, que entra silenciosamente. Tem que ter um olhar diferenciado com a
criança, não rotulá-la, investigar porque ela é agressiva.
-Muitos
alunos se queixam da discriminação dentro da escola: é aquele aluno que é mais gordinho,
o que usa óculos, o gago etc.
-Mas
também existe a violência da escola> o aluno passa de ano sem aprender, instaurando
nele um sentimento de desigualdade ao disputar uma vaga no vestibular ou em um
emprego.
-Muitos
adultos se sentem acuados por se sentirem isolados e fragilizados, afinal,
estão nessa escola só de passagem, no fim do ano vão embora e não sentem
interesse em resolver os conflitos.
É
possível agir, a escola pode fazer algumas coisas. Devemos pensar sobre
violência, respondendo aos questionamentos: Onde? Quem? O quê? Contra quem? Não
é fácil, mas tem que olhar
para quem sabe ver e reparar!
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